As
mentes conservadoras tomam decisões baseadas nas regras do Passado, evitando considerar
as possibilidades do Futuro.
Aqui estão três tesourinhos deprimentes, bem típicos.
O
primeiro, um recorte do Expresso, de 1995, “A hora do Multibanco”, relata uma
história muito gira. Ora vejam.
Dez anos antes, em 1985, foi inaugurada a primeira caixa Multibanco em Portugal, no BPA, e que deveria ficar disponível 24h por dia, como seria de esperar. Porém, e face à contestação dos outros bancos, tementes da concorrência que o MB iria fazer, o Governador do Banco de Portugal, à época, Vitor Constâncio, mandou fechar a caixa automática às 16.30h, hora a que fechavam todos os balcões.
No segundo tesourinho deprimente, de 1996, retirado da crónica do Jornal Público "Retratos da semana” de António Barreto, vemos este a reagir contra o uso do telemóvel, diabolizando a máquina e recusando-se a usá-la. Ora vejam.
Finalmente, num artigo do Jornal Público, de 2001, Dez anos a falar ao telemóvel, Dulce Furtado relata mais dois casos.
..."1996: Exasperado com
a profusão de telemóveis por toda a Europa, Umberto Eco descreve-os
violentamente como "sinal de inferioridade social" e "estigma de
pobreza". Para este escritor só havia quatro categorias de pessoas
autorizadas a possuir legitimamente telemóvel: os deficientes, os jornalistas,
os médicos e as mulheres e maridos a braços com relações extraconjugais. Todos
os outros seriam "um miserável, um yes man que é obrigado a responder
sempre ao patrão ou ao banco que o persegue por todo o lado".
E ainda...
..."Conselho idêntico (desligar o telemóvel) é dado pelos restaurantes lisboetas Massima Culpa, no Bairro Alto, e Trattoria, na Rua Artilharia 1: ambos, nas suas ementas, deixam claro o aviso de que "o uso do telemóvel à hora da refeição pode alterar a cozedura do risotto ou da pasta".
À luz de hoje, estas tiradas não têm explicação…Ou terão?